quinta-feira, 10 de março de 2011

Fumito Ueda conversa sobre a animação impecável de The Last Guardian

O mais novo jogo da Team Ico quer imitar o comportamento de animais, como os gatos.


Se existe algo que Fumito Ueda, chefe da Team Ico, está tentando fazer agora, esse algo é levar a animação e a interação entre os dois personagens de The Last Guardian a um nível que seu time jamais ousou em tentar fazer. A edição da semana passada da revista Famitsu trouxe uma extensa entrevista com o desenvolvedor que analisou em detalhes a premissa central de Guardian: a interação de um garoto com Trico, a criatura-filhote do jogo.

No começo, você mal consegue se comunicar com Trico, então ele pára e vai dormir de forma bem rápida,” explicou Ueda. “Entretanto, se você coloca alguma coisa que Trico gosta na frente dele, ele se levantará, sentirá o cheiro, encostará o seu nariz [no objeto], e por ai vai. Trico age e se locomove independente de qualquer outra coisa, então se existe um barril ou um animal ou um punhado de folhagem que chame a atenção dele, ele irá em direção a isso. Se ele estiver com fome, então ele se interessará mais nos alimentos que possam estar ao redor do cenário; se não estiver, então ele estará mais interessado em arrumar algo para brincar. Estes barris ou qualquer outra destas coisas servem como um impulso que abre um canal de comunicação entre Trico e o garoto.”
Qualquer pessoa que já tenha passado pela mistura de frustração e contentamento ao treinar um animal de estimação consegue enxergar a direção que a Team Ico está tomando em relação à jogabilidade de The Last Guardian. De fato, “treinamento” talvez seja a melhor forma de descrever a interação entre o jogador e Trico ao encorajá-lo e persuadi-lo a ajudar-lhe a avançar no jogo.
Aproveitando-se dos hábitos de Trico lhe permitirá alcançar a portas anteriormente inacessíveis e abrirá novos caminhos à você. Quanto mais comunicação você tiver com ele, mai fácil será prosseguir no jogo.”
Um outro aspecto que deixou o editor da Famitsu atônito foram as inúmeras variedades de animações sutis que Trico tem, indo até mesmo ao ponto de ele mover as suas orelhas em respostas aos sons em torno dele. Estas orelhas podem também ficar presas nas paredes das cavernas ou em outros lugares do tipo, algo que Ueda diz fazer parte do sistema de detecção de colisões do jogo – o mesmo sistema implantado no último trabalho do estúdio, Shadow of the Colossus.
Os donos de gatos saberão o que o eu vou dizer aqui, mas quando você toca bem de leve nas costas de um gato, ele se contrai um pouquinho no lugar aonde você o tocou,” explicou o produtor. “Isto é o tipo de coisa que nós queremos simular aqui, esses tipos de reações bem sutis que acontecem quando você toca em alguma coisa. Em Colossus nós recriamos a sensação de interagir com algo bastante sólido, mas nós não fomos capazes de variar por completo a sensação em termos de solidez e [de algo acalorado]. Em Guardian, nós estamos almejando ter uma forma de expressão visual que faça o jogador sentir a sensação de [algo acalorado].”

Agora sobre o garoto, que é o personagem que você controla em The Last Guardian, ele estará recebendo um tipo de animação inteligente. “Se você se aproxima de uma parede, ele estenderá naturalmente os braços em direção a ela,” disse Ueda. “Se você o trouxer para perto de Trico, ele estenderá as mãos para tocá-lo sem nenhum comando do jogador. O personagem deve expressar por meio de suas ações que ele sabe que existe uma parede lá, porque isto o faz ser visto como mais real e palpável. Fazer com que o mundo se parece com o real é um processo de construção bastante gradual. Tendo os personagens interagindo naturalmente com as coisas existentes ao redor dele faz o mundo parecer real, e isto é algo que nós sempre quisemos fazer.”
The Last Guardian está previsto para ser lançado mundialmente no final do ano, mas ele já se mostra muito impressionante – o editor da Famitsu chamou a sua análise prévia do jogo de algo “real além do realismo, algo que de longe superou as nossas expectativas.”
Apesar disso, de acordo com Ueda, dúvidas de grande importância ainda precisam ser resolvidas. Primeiro, se haverá ou não algum conceito de “barra de energia” para Trico, uma medição que poderia aumentar ou reduzir e que afetaria o seu comportamento. A segunda: que tipos de interfaces, se forem usadas, aparecerão na tela. “Eu ainda estou angustiado sobre esta última,” admitiu ele.



FONTE: 1UP.com
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