Remoção da funcionalidade ‘Other OS’ do PS3 resulta em outras duas ações coletivas na Corte do Norte da Califórnia, alegando, entre outras coisas, quebra de contrato e propaganda enganosa.
Numa tentativs de aumentar a segurança dos modelos do Playstation anteriores ao Slim, a Sony removeu uma de suas funcionalidades mais versáteis, a Other OS, por meio da atualização da firmware v3.21 disponibilizada em Abril. Com esta opção os jogadores podiam instalar o sistema operacional Linux no PS3, transformando o console de videogame em um verdadeiro computador desktop.
Linux não é o sistema operacional mais popular, mas com certeza possui uma comunidade ativa.
A decisão da Sony não foi muito bem vista pelos defensores do Other OS, e esta iniciativa já havia resultado em uma ação coletiva contra a empresa. Agora, outras duas ações foram levantadas contra a gigante dos eletrônicos por causa da remoção da funcionalidade, e as duas estão procurando se transformar em ações coletivas.
A primeira ação, requerida em 30 de Abril na corte americana do Distrito do Norte da Califórnia, alega que a Sony fez uma extensa campanha de marketing ao promover a função Other OS do PS3 que permitia instalar o Linux. “Cada requerente comprou um PS3 com a justificada expectativa de que a Sony continuaria a dar suporte à função Other OS e outras funções e que não iria de uma hora para outra inutilizar estas funções,” lê-se na ação judicial.
Curiosamente, a atualização da firmware v3,21 é opcional. Entretanto, aqueles que optaram por não instalar a atualização ficaram incapacitados de jogar novos jogos de PS3, acessar a Playstation Network ou assistir a filmes em Blue-ray que usam a conexão online BD Live. Esta nova ação judicial alega que os proprietários do PS3 são forçados a escolher entre a função Other OS e as outras funcionalidades que ele pagaram para ter. Forçar os jogadores a tal decisão, segundo a ação, é quebra de contrato.
A ação judicial afirma ainda que a Sony violou a Lei Unfair Competition (Competição Injusta) da Califórnia ao fazer propagandas de funcionalidades que acabaram sendo removidas posteriormente. A acusação procura se caracterizar como uma ação coletiva que inclui indenização por danos e ressarcimento dos prejuízos sofridos com o aparelho, com os custos do tribunal e outras coisas relacionadas à ação judicial.
A segunda ação é muito parecida com a primeira. Requerida em 5 de Maio na corte americana do Distrito do Norte da Califórnia, a acusação alega que depois da propaganda feita com a funcionalidade Other OS, a Sony deu aos consumidores uma “Escolha de Hobson, ou seja, uma ‘escolha’ entre duas alternativas indesejáveis: Os usuários ou perderiam a opção de usar outros sistemas operacionais (uma funcionalidade importante e de grande divulgação), ou perderiam as funções de acesso online, Blue-ray e jogos.”
“De um lado,” diz a ação, “instalar a firmware 3.21 garante ao PS3 inoperância dele de ser usado como um computador, do outro lado, a não instalação da firmware 3.21 basicamente garante a inoperância do PS3 dos usuários de seu propósito de uso como um console de jogos e de discos de Blue-ray.”
Como resultado, a ação diz que a Sony violou quebra de contrato, quebra de compromisso implícito de boa fé e acordo justo, propaganda enganosa e outras coisas. Assim como as outras duas acusações, esta segunda ação procura se caracterizar como uma ação coletiva, de indenizações, ressarcimentos, custos com tribunais e coisas do gênero.
FONTE: GameSpot.com
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