quinta-feira, 17 de março de 2011

Criador do Playstation Move opina sobre controles por pensamentos e sobre o Kinect

Dr. Richard Marks acredita que a 'interface do cérebro é algo muito distante', e que o Kinect 'é realmente bom'... para dançar.


Com os controles por movimentos espalhados por toda a parte, muitos tem especulado que o próximo passo dos desenvolvedores é criar jogos que possam ser jogados usando apenas o poder da mente. Entretanto, de acordo com o homem responsável por criar o acessório PlayStation Move, este tipo de tecnologia não é algo que a Sony esteja atualmente interessada em correr atrás.

É ai aonde [o assunto] sempre acaba porque é o teto máximo que todo mundo imagina que seja, a último instância é a experiência do cérebro,” disse o Dr. Richard Marks, gerente de projetos especiais de Pesquisa e Desenvolvimento da Sony, quando perguntado pela Gamasutra sobre qual seria o próximo paradigma tecnológico que transformaria a indústria.
Mas eu acho que a interface do cérebro é algo muito distante. Na verdade, eu acho que o corpo deveria continuar fazendo parte. Como se você tivesse a sua, digamos, adrenalina pulsando. Quando você experimenta algumas experiências como Rock Band aonde você até soa ao tocar a bateria, estas coisas são boas. Eu gosto destas coisas. Eu não quero acabar com tudo isso.”
Algumas pessoas dizem, ‘Se eu pudesse me livrar de todos estes problemas do corpo humano...’ Eu não concordo com isso. Gosto de quando as coisas estão interligadas. Com isto eu teria mais informações sobre o que eles estão fazendo. Uma série de expressões vem pela forma de como você movimenta as suas mãos e o seu corpo.”
Em outra parte da entrevista, Marks também compartilhou o seu veredito sobre o sistema da Microsoft concorrente, o Kinect. Ele explicou ser um grande fã do sistema em geral mas apenas no que se refere a “um conjunto de experiências bastante restrito.”
Ele é realmente bom para dançar. Não há como negar isto. Ele é ótimo para dançar,” afirmou ele. “Mas talvez não seja tão bom para jogos de tiro em 1ª pessoa ou jogos de estratégia em tempo real. Estas coisas do tipo realmente não fazem muito sentido para [o Kinect] por si só. De novo, eu acho que ele é uma boa ferramenta, mas ele não resolve todos os problemas dos vídeo games.”
Marks comentou ainda que ele ficou impressionado em ver o quão bem o Kinect integrou o comando por voz, mas insistiu que a tecnologia ainda tem um longo caminho pela frente.
Eu acho que, de fato, [o Kinect] se saiu melhor nesta área do que eu esperava. Eu testei o Kinect com as redes de voz, e é melhor que eu imaginava. Mas ele é difícil, ele ainda é muito rígido. Você tem que falar do jeito que ele quer que você fale. E você tem que meio que mudar para se adequar à ele. Você assiste a Star Trek e eles acabam falando com o computador sem mais nem menos, como se fosse uma outra pessoa.”
Nós ainda estamos muito longe de fazer com quem ele saiba quando você está falando com ele ou com outra pessoa na sala. E de não tê-lo tratando-o com tanta rigidez assim, penso eu. Eu acho que nós ainda não estamos lá. Mas eu acho ele bom, acho que é um bom começo. Existem muitas informações poderosas que podem ser adquiridas pela voz.”

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