Takashi Sensui, chefe de operações do Xbox na Ásia, fala sobre o mercado japonês, explica o motivo do espaço reduzido utilizado pela empresa na TGS, e se mantém confiante no futuro da plataforma no país.
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A presença da Microsoft na E3 é gigantesca. A empresa possui um imenso espaço para a sua conferência de imprensa (foto abaixo), um estande igualmente imenso e uma centena de brindes e promoções para os três dias da feira.
Por outro lado, a presença da empresa na Tokyo Game Show não chega nem próximo disso. O tamanho do estande da Microsoft na TGS é talvez metade do tamanho que os estandes costumam ser, e sua presença lá acaba sendo ofuscada pelas apresentações de outras empresas como Sony, Capcom e até mesmo a gigante japonesa dos jogos sociais, a Gree.
“Nós gostaríamos de ter o maior espaço possível para que pudéssemos ter um grande número de pessoas jogando os nossos produtos,” disse Takashi Sensui, chefe de operações do Xbox na Ásia, durante uma entrevista para a revista Famitsu publicada semana passada.
“Para ser honesto, entretanto, dado o escopo dos nossos negócios no Japão, é simplesmente complicado produzir um estande tão grande. Nossa intenção aqui are usar o espaço que nós tínhamos da melhor forma possível para termos a maioria dos jogadores experimentando os melhores títulos que nós tínhamos."
"Nós não tivemos tantos títulos como o de costume, mas eu acredito que nós tivemos uma linha de produtos realmente muito boa, algo que qualquer um que estivesse lá veria. Nós vamos tentar ter uma presença maior do que nunca no ano que vem... eu acho que é nossa missão, algo que nós temos que fazer.”
Sensui foi rápido em esclarecer à Famitsu que a presença reduzida da Microsoft na TGS não deve ser vista como um sinal de desinteresse por parte da empresa pelo mercado japonês. “De agora até o final do ano, nós teremos uma variedade de grandes títulos para o 360, tanto compatíveis com o Kinect quanto não,” disse ele.
“É realmente uma linha de produtos cheia e bem balanceada. Os títulos para o Kinect ocupam um certo espaço para serem mostrados, então isso talvez tenha ajudado a causar a impressão de que eles dominaram a maior parte do estande, mas nós também tentamos ter a maior quantidade possível de estações de jogos no estande.”
A estratégia de vendas da Microsoft para o 360 no Japão tem estado focada quase que inteiramente no Kinect de um ano para cá, talvez até mais do que tem sido nos EUA e Europa. Alguns jogadores japoneses enxergaram isso como um sinal de que a Microsoft estava tentando acabar com a reputação de que o sistema era voltado para os jogadores ‘core’ no país. “Ah, não, não mesmo!” respondeu Sensui quando perguntado se era este o caso.
“Certamente que era a nossa tendência enfatizar os jogos casuais juntamente com o lançamento do Kinect no último ano, mas se você olhar para o nosso estande da TGS neste ano, existe uma enorme opção de títulos feitos para atrair o mercado core. Nós gostaríamos de receber o suporte do mercado casual, não há dúvidas quanto a isso, mas o fiel grupo de usuários do 360 que tem nos dado suporte até aqui continuará sendo o centro de nossa base de consumidores.”
Conquistar o mercado casual neste momento do ciclo de vida do Xbox 360 não será tarefa fácil para Sensui. A Microsoft conseguiu vender cerca de um milhão e meio de consoles no Japão, mas as vendas tem ido tão devagar que o Xbox 360 compete com o Playstation 2 em termos de novas unidades vendidas. Apesar disso, Sensui se mantem otimista.“Uma coisa certa é que, nos mercados fora do Japão, o Xbox 360 tem recebido um incrível suporte mundial,” disse ele.
“Pode haver diferenças de gostos e preferências entre os países, mas se o 360 fosse tão chato assim, ele não teria se espalhado ao redor do mundo da forma que ele espalhou. Então a nossa direção é óbvia; nós precisamos de conteúdos que atendam as necessidades dos jogadores japoneses e serviço que os deixem felizes. A forma de como nós comunicamos isto aos fãs é realmente vital.”
FONTE: 1up.com
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